quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Freemont, o crossover com a tradição Fiat


O Fiat Freemont nasceu na norte-americana Chrysler. É o Dodge Journey. Mas na associação entre a Fiat e a Chrysler alguns modelos já existentes na linha Chrysler ganharam a logotipia Fiat na lataria. Mais do que isto, o Freemont distanciou-se do Journey, não tanto na estética, mas na performance, graças a um cuidadoso trabalho da engenharia da Fiat, visando adaptá-lo às condições de uso na Europa e no Brasil, onde é comercializado. O Journey também é vendido no Brasil, mas não será colocado à venda na Europa. Enquanto o Freemont não será comercializado nos Estados Unidos. Lá permanece somente o Journey.
São trocas e readaptações que visam tornar as marcas Fiat e Chrysler mais competitivas nos mercados mundiais. Mas uma nova geração de veículos feitos em conjunto pelas duas marcas só deve surgir em 2013 ou 2014. Por enquanto, o que é Chrysler vira Fiat. E vice-versa.
Em uma semana de avaliação por Carros e Motos na cidade e rodovia, o Freemont apresentou ótima performance. Valeu o meticuloso trabalho da engenharia da Fiat que mudou o baricentro do Journey, visando dar ao Freemont maior equilíbrio dinâmico. O baricentro é o ponto de convergência ou equilíbrio das massas num veículo. É o centro gravitacional responsável pelas reações dinâmicas da carroceria e plataforma com seus agregados mecânicos. No caso do Freemont, a mudança do baricentro visou torná-lo mais estável para as condições sinuosas e tortuosas das rodovias irregulares. Também foram suavizadas as suspensões e houve emprego de material fonoabsorvente em partes críticas como na caixa do motor a fim de evitar vibrações e ruídos. O resultado é um quase absoluto silêncio no habitáculo, isolado, por exemplo, dos ruídos do motor e da caixa de câmbio automática com quatro velocidades.
O motor com quatro cilindros tem 172 HP e é originário da Chrysler. É o mesmo motor que equipa o PT Crusier, que deixou de ser produzido neste ano. O Freemont mostrou enorme agilidade em rodovia e chega fácil a velocidades bem acima do limite legal. Portanto, surpreende o fôlego do motor sem penalizar o consumo. As suspensões, embora mais sensíveis e com um pouco mais de rolling ou rolagem lateral em relação à calibragem das suspensões do Journey, são precisas e não há oscilações assustadoras da carroceria em curva. Mesmo porque há a ajuda providencial do Programa Eletrônico de Estabilidade.
O Freemont testado na versão Precision topo de linha tem sete lugares e uma incrível modularidade interna que é originária do Journey. Há, por exemplo, porta-bagagens que ficam no assoalho do veículo à frente dos bancos do motorista e do passageiro. São lugares "escondidos" e ideais para que ali sejam guardados bens de valor como Ipads e celulares que com frequência são roubados quando ficam expostos nos habitáculos. Na síntese, o Freemont mostrou no teste de mais de 1.000 quilômetros uma grande eficiência com muito charme no design. Será um sucesso de vendas na rede Fiat que precisava de um crossover à altura da tradição da marca italiana.

FONTE: Correio do Povo - Carros  e Motos

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