quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Miami (1)



Miami não é sofisticada. É vulgar. 
E mesmo seus prédios de alto luxo não combinam com a região que era pântano e que foi aterrada durante o século 20. Mas o pântano esta embaixo da cidade que verte água constantemente, drenada por canais. O calor nesta época do ano é insuportável. Porque é úmido, porque tem gosto e cheiro de pântano. O gosto, fica por conta da imaginação que vislumbra crocodilos onde hoje há hotéis de luxo. Há mais de  um milhão de crocodilos nos pântanos da Florida que iniciam  em Everglades, a uns 70 quilômetros de Miami. Os crocodilos que sobreviveram ao aterro de Miami, fugiram para lá. E constituíram vastas famílias  com crocodilos  pais, avós e filhos. Mas os norte-americanos os denominam de “alligators”. Se morder você, dá no mesmo. Mas os crocodilos de Miami hoje são outros. Tem pele humana e mentes ávidas por qualquer coisa: do lucro fácil do narcotrafico, à prostituição de luxo que coloca nos hotéis de alto luxo, mulheres voluptuosas e sensuais que marcam encontros com desconhecidos. Na porta principal do luxuoso hotel onde eu estava, o Turnberry Isle, um minúsculo japonês saia com um mulherão que podia coloca-lo no bolso. Quem disse que dinheiro não compra a felicidade? Senão a felicidade, ao menos o prazer sexual, que  é intenso ou médio ou inexiste, mas que cai no vazio da prostituição. Onde cabem orgasmos rápidos, nunca algum sentimento. A frase soa moralista, é ate  careta neste mundo das gratificações instantâneas. Mas é  lógico que a prostituiçao só existe em função da grana alta. No rico bairro de Ventura onde estão alguns dos hotéis mais caros de Miami há uma série de “casas noturnas” onde o sexo é negociado sem problemas. Mas isto existe no mundo inteiro. E nem é este o ponto, o foco.

Miami (2)




O ponto é a falta de tesão em Miami. A  falta de uma força qualquer que conduza o turista para além do Shopping Center, do “Mall” norte americano. Em Paris  há aquele encanto eterno que nem as sirenes constantes dos carros da polícia, normal e secreta, que se torna aberta quando a sirene é  acionada, consegue desfazer. Olha-se para o rio Sena, para algum barco turístico que o percorre, depois o sol é rebatido por algum prédio histórico e nossos sentidos se iluminam. Em Miami, no ultimo domingo a tarde eu, sozinho e deslocado em meio ao burburinho, percorria os poucos quilômetros da Ocean Drive em South Beach. Ali está o distrito “Art Deco” com seus prédios históricos que datam dos anos 20 e que foram transformados em hotéis. O movimento em arquitetura e artes plásticas do Art Deco, nasceu  na Exposição Internacional de Artes Decorativas de paris em 1925. Ali artistas plásticos, europeus e norte-americanos, apresentaram  objetos decorativos e maquetes de prédios dentro deste estilo, “Art Deco”, que queria expressar a elegância e sofisticação através de novas formas e uso de novos materiais, como os plásticos, “baquelite” e vidros trabalhados. Entre outros.

Miami (3)


Estou na frente do Hotel Avalon, cujo prédio data dos anos 20. É um dos prédios mais tradicionais do Distrito Art Deco com sua arquitetura diferente com muitos elementos na fachada que atraem o olhar. Atrai mais ainda aquele Ford Thunderbird em azul e creme estacionado “há décadas” na frente do Avalon. 


O Thunderbird, que a Ford tentou recriar sem êxito no final dos anos 90, é um clássico automóvel norte americano. Ali, enfeita o cenário e complementa a exótica arquitetura do hotel Avalon. Mas há  uma série de prédios em estilo Art Deco, todos transformados em hotéis, que nem são caros. Nas calçadas seus bares e restaurantes fervilhavam na tarde tórrida do domingo.


Havia gente demais em South Beach e 95% eram turistas. Destes, uns 50%, brasileiros. Que conquistados pelo turismo a longuíssimo prazo daquela porcaria chamada CSEVIRA. Ou coisa parecida. Porque ao comprar um pacote dos espertos que gerenciam este turismo de massa, o turista da classe média compra junto hotéis de baixa qualidade, comida péssima e juros exorbitantes. Mas assim viaja o brasileiro da Classe C, majoritário hoje no turismo internacional. É também um turista que só pensa em comprar em Miami.  Quer o  “Uai-Pèdi”, se for mineiro. Se for gaucho ai pedir o TCHE´-Pédi. Porque a esperta Apple cria inutilidades caras como este IPAD que logo ficará obsoleto. Como está obsoleto o telefone celular que em breve será somente um chip, quem sabe , enfiado no cérebro do “vivente”. 


Mas brasileiro compra  tudo que vê. E “Meca” deste consumo a preço reduzido atualmente é Miami. Aliás, daqueles que estavam em South Beach na tarde de domingo, quantos pesquisaram sobre a origem do “Art Deco” ou sobre a importância histórica daqueles hotéis que são  o tesouro local do movimento “Art Deco”. Alias, a maioria nem se deu ao trabalho de olhar para cima e ver aquelas belas fachadas que também carregam a linha verticalizada da arquitetura “Art deco”. A vulgaridade deste turismo de massa barata, predador ambiental, não permite nenhum arroubo intelectual, nenhuma busca que não seja do ai-pédi ou da camiseta barata fabricada na china que vai encolher na primeira lavagem. Não é elitista esta imagem, nem é discriminatória. É que os brasileiros sofreram tantas carências nas ultimas décadas, não tiveram acesso a nada, à não ser ao péssimo turismo interno, que a viagem ao exterior, ainda é o sonho alcançado finalmente pela  maioria. É lógico que nesta necessidade de afirmação o brasileiro da classe C ou D, engole este turismo de massa que oferece os lugares mais batidos e manjados do mundo. Porque os lugares mais interessantes e sofisticados ainda custam caro e estão fora do alcance da classe média brasileira emergente. Mas somos todos brasileiros e, independente da classe social, vivenciamos as mesmas carências

Miami (4)



Não há alma cabocla que não se emocione diante de uma camisa polo do Ralf Lauren. O picaretoso designer norte-americano, que nunca desenhou uma roupa, desenharam pra ele.
Ralph Lauren criador da marca Polo, alias, era um vulgar vendedor judeu de gravatas de Nova Iorque. Como tinha uma habilidade louca para vendas, vendeu a si próprio, a sua imagem  de grande estilista. É fake, falsa. Mas o mundo engoliu. E Ralph ganhou bilhões de dólares. Mas o que interessa esta história para quem entra na Macys de Miami e ve as belas camisas Polo do Lauren que custam bem menos do que custam neste carríssimo Brasil, da Presidente autoritária, sem carisma e que ainda por cima, joga de novo o pais na recessão. Ainda olhei para cima ali na Ocean Drive, coração do distrito “Art Deco”, para admirar  aquelas belas e exóticas fachadas de dezenas de hotéis construídos nos anos 20 e 30. Ou será que eu também era  uma coisa “fake”, falsificada naquele momento. O homem errado no lugar errado, certamente. Porque nada me emocionava ali. Eu, também , um brasileiro que em três dias tinha testado ao Fiat 500, a convite da Fiat. Também tinha ido atrás das pechinchas de Miami. Comprei diversas camisas Polo do Tommy Hilfiger. Outro picareta que não é designer, que tem uma vasta equipe de jovens designers talentosos, que desenham as roupas para ele. Comprei várias camisas.  Porque, afinal, sou brasileiro e não estou acima do bem e do mal. Mas, sinceramente, se não estivesse em Miami a trabalho, a convite, seria o último lugar do mundo em que estaria. Porque tenho certeza de que viajar deve ser algo que enriquece  o espírito. Uma aventura humana diversificada , cultural, se possível. Em Miami, da South Beach  no luxo irreal do bairro de Ventura, onde fiquei hospedado no finíssimo Turnberry Island, não há nem uma coisa nem outra. Há latinos e compras. Os latinos em geral são os que movem a economia local, como empregados. E os turistas são aqueles que em sua grande maioria escolheram a porta mais próxima, fácil,  mas precária de entrada no mundo, esta vulgar Miami. Mas ao menos não é aquele Brasil que os aprisionou na carência financeira por décadas. Escapei desta sina por ser um jornalista que conheceu o mundo através da profissão. Se fosse através  da minha grana, talvez  estivesse ali naquele Shopping Center de Miami  balbuciando umas três palavras em inglês. Afinal o Brasil era até bem pouco tempo atrás o limite para os brasileiros. Agora, se esbaldam no turismo massificado. É uma saída, ao menos.  

sábado, 27 de agosto de 2011

MIAMI

Miami vista de um hotel de  luxo não é pantanosa, não tem jacaré em piscina nem o calor, na constância do ar condicionado que evita o constante mal estar  que sentimos ao caminhar pelas poucas calçadas de mais uma cidade norte americana plana e pensada para o automóvel, grande. É uma cidade  meio fora da civilização wasp  ou branca, americana e protestante. Esta América agora é latina, é negra, e indiana, é uma tremenda mistura que faz bem ao pais. Só quem não acredita nisto é a classe media interioriana que acha que a casa branca ficou menos branca e, portanto, menos americana, na presença incomoda para os conservadores de Barack Obama. Um presidente fraco, tíbio, que não tem coragem de tomar decisões e que parece espremido na sua própria origem de pai negro africano e mãe branca interiorana. Barack, ao que parece, joga em todos os lados do campo, sem posição fixa. E a América dos imensos shopping centers de Miami, vai de mal a pior. É logico que esta realidade incômoda do desemprego, a queda na qualidade de vida de milhões de norte americanos da classe média nem pode ser vista ou vislumbrada neste luxuosíssimo  Turnbery Island, onde a Fiat realiza sua convenção de imprensa para mostrar o  Fiat 500.
Nesta Miami que ferra e consome com seu calor os neurônios a frase, "América Pesadelo refrigerado", de algum escritor, não sei se norte americano ou europeu, soa real. E ainda tem esta terrível televisão norte americana que mostra os mesmos medíocres de sempre com o intragável Tom Cruise com sua cara de sapo feliz, que hoje pela manhã, quarta-feira, falava dos bilhões arrecadados no mundo pelo filme Transformers. Mas é sempre assim: eat a shit. É o lema deles para o mundo. Comam a nossa merda e sintam-se felizes com o que oferecemos a vocês. Duro de engolir.  Bem, vocês já sentiram que não sinto muito apreeço ou simpatia pelos Estados Unidos da America. Talvez por não ser um “mensalista”  daquele turismo infame do PVC ou coisa que o valha. Aquela empresa daquele senhor esperto, e não há nada mais detestável do que a esperteza brasileira, que endividou a classe media brasileira com viagens de péssima qualidade em hotéis de qualidade nenhuma em lugares que há séculos não são mais atraentes como aquele infame “Porto Inseguro” dos trombadões na Bahia. E coisas piores ainda. Agora o Sr. Saulus desta PVC, envia a milhões de brasileiros à Miami. Ontem, num “oulet” ou lugar para vendas de camisas fabricadas no Ubezerquistao e Funistão, países que ninguém sabe se existem, havia centenas de brasileiros com sacolas. Compravam de tudo, do pinico a pilha que assobia quando a pessoa tem vontade de “fazer cocô” a noite, a todo o tipo de inutilidade eletrônica. Miami é o paraíso das compras para quem ficou uns 30 anos esperando para conhece-la para conhecer seus “shoppings maravilhosos”, onde canta a sereia do consumo norte americano, cujo rabo longo já foi cortado pela crise desta sociedade que se agiganta. Mas qual é a importância da geo-politica para este turista brasileiro que aluga carro com GPS, para dar umas voltas pela Miami do cartão postal. Se cair num bairro barra pesada, morre. Mas as agencias que alugam  carros nada falam sobre as periferias barra pesada de Miami, onde o turista pode  chegar, se errar no GPS. Melhor ficar na segurança do Shopping Center. Quanto  ao lançamento do Fiat 500, ele  pode ser acompanhado nas mídias em que atuo. No Caderno de Carros e Motos do Correio do Povo, nas Radio Guaíba AM e FM, na Band TV no programa Motorshow, de grande  audiência aos domingos, as 9h30 da manhã. Aqui no blog vocês tem o “outro  lado” destas andanças de um jornalista por este mundo. Desta tórrida e pegajosa Miami em setembro vou “saltar” para a Europa que, a exemplo dos Estados Unidos da America, mais parece o ancestral Titanic que ruma para o Iceberg, de uma imensa crise. Há países que  estão falidos como a Grécia a Irlanda, Portugal  e Espanha. Tem níveis de desemprego assustadores, estão com déficit fiscal na estratosfera e tem que economizar  bilhões em cima da classe media européia que é vasta. Em setembro  o Salão do utomovel de Frankfurt deve ser uma espécie de divisor de águas, muito turvas, que mostrará quem reinara nos próximos 10 anos no mercado automobilístico global. Difícil prever. Porque se a crise global se agravar ninguém se segura, nem mesmo a poderosa China. Porque chineses dependem  dos mercados primeiro-mundistas para enriquecerem. Se cairem os Estados Unidos e depois a Europa  então a crise se aprofundara e a industria automobilística  global, será um dos primeiros segmentos da economia a ser atingido em cheio. Impacto total. Vamos ver o que acontece nesta Miami ate o final de semana, primeiro. Paro agora porque é hora de passear com meu “Alligator”. Aluguei o jacarézão num pântano que cerca Miami. Por falar nisto vocês sabem quantos enormes jacarés existem nos pântanos de Everglades , distante uns 70 quilometros de Miami: uns  dois milhões segundo as ultimas pesquisas. Se resolverem invadir Miami, vão comer milhares de Turistas. Credo, que medo.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

5 mil Bongos em um ano



A Kia Motors UruguayCorporation S.A. (KMU) completou este mês um ano de produção do Bongo K2500, cuja planta demandou investimentos iniciais próximos a 25 milhões de dólares, para uma capacidade nominal de 12 mil unidades/ano em dois turnos de trabalho. No primeiro ano, a indústria produziu 5 mil unidades, média mensal de 416 caminhões leves Bongo, destinados aos mercados brasileiro e uruguaio, já com o cumprimento do Programa de Integração Progressiva do Mercosul. A partir de julho último, porém, a produção média mensal subiu para 700 unidades, que significam 32 veículos por dia ou ainda quatro veículos/h.

Para cumprir a estimativa de produção de 2012, superior a 1 mil unidades/mês, a KMU - empresa da holding Gandini Participações e Representações, que também controla a Kia Motors do Brasil - deverá operar em dois turnos e o contingente na linha de fabricação deve subir para cerca de 250 funcionários.

R8 GT é o Audi de R$ 1 milhão



Com uma produção limitada e 100 kg mais leve devido à adoção de peças de fibra de carbono, chega ao Brasil até o mês de setembro o primeiro Audi de R$ 1 milhão. Trata-se do superesportivo R8 GT com motor V10 FSI com 560 HP, e que vai de 0 a 100 km/h em 3,6 segundos e atinge 320 km/h de velocidade máxima. Do total de 333 unidades, três são destinadas ao mercado brasileiro. Cada unidade traz um número individual de produção, gravado sobre a alavanca de câmbio.

Mais leve e potente, a performance do novo R8 GT promete tirar o fôlego. Graças às novas tecnologias da marca para redução de peso, chave no R8 GT, o carro pesa somente 1.525 kg. A carroceria Audi Space Frame (ASF) passou por um alívio de peso, além de usar painéis de alumínio. Os engenheiros também reduziram o peso de alguns componentes da transmissão, além de rodas e freios em cerâmica.

No interior, os bancos de competição com quatro pontos de fixação contam com uma estrutura de fibra de vidro reforçada com fibra de carbono, resultando em uma redução de peso de 31,5 kg em relação aos bancos originais do R8 V10 5.2 FSI quattro.

Até o para-brisa do R8 GT é mais fino. Policarbonato foi aplicado na separação do habitáculo e do compartimento do motor, bem como na sua cobertura, feita com fibra de carbono reforçada com plástico. O sistema de freio de carbono/cerâmica também foi aliviado, bem como detalhes como o coletor de admissão e isolação do motor, até tapeçaria. Cada peça foi devidamente analisada e criteriosamente trabalhada, visando a, além da redução de peso, maior resistência ao desgaste.

No design houve várias modificações na parte externa, a maioria delas para redução de peso e criar uma identidade própria para o Grand Tourismo, que traz diversos componentes do Audi R8 LMS (Le Mans Séries). Como resultado, o novo R8 GT produz mais pressão aerodinâmica, sem piorar seu coeficiente de penetração ou ampliar a sua área frontal. A traseira tem aerofólio fixo em fibra de carbono.

FIAT RENOVA O 500 QUE VOLTA AO BRASIL


Em Miami  numa quinta feira a espera do Furacão. Com certeza esta não é um bom programa para ninguem. Mas é o que ocorre nesta quinta feira, 25 de setembro, praticamente no encerramento da convenção de imprensa da Fiat Automóveis que convidou a jornalistas brasileiros e latino americanos a virem a Miami, para o relançamento, ao menos para o Brasil, do Fiat 500.  O pequeno, quase minúsculo,  "Cinquecento"  que lançado no Brasil no inicio de 2009, foi esquecido nas revendas da rede Fiat. Virou um rejeitado porque os brasileiros, simplesmente, se recusaram a  pagar os R$ 70 mil solicitados pela Fiat para um carrinho bom de tecnologia. Um exagero, principalmente porque se tratava de uma marca asssociada a carros populares de custo médio que no Brasil nunca deu muito certo no segmento de elite.
A Fiat, alias, amargou o total fracasso em vendas do Marea e  agora vende muito pouco o Linea que teve uma morna recepção no mercado brasileiro. Embora o Linea seja um sucesso de vendas no mercado da Turquia e em mercados periférico da Europa. 


Agora o que a Fiat apresenta ao mercado  é um 500 reformulado , não na estética, ja que carrinho ganhou apenas alguns leves retoques na parte externa com a adoção de novas lanternas traseiras e de um novo parachoque dianteiro.
Aliás, nao da para mexer na forma ovoide do 500, sob pena de descaracteriza-lô.
E nem precisa, porque o carrinho, convêm lembrar, foi lançado na Europa em 2008, quando foi  escolhido o "Carro do Ano". Seu design é recente e remete ao primeiro Fiat 500, lançado na Italia em 1957.


Aliás o 500 representou o renascimento da indústria automobilística italiana no pós Guerra.
Aquela Itália empobrecida e que ficara do lado errado da guerra ao se aliar, pelo terrível fascismo, à Alemanha do mais terrível ainda, Hitler. No pós guerra, ajudada pelo dinheiro norte americano a Itália se reergueu, e a Fiat, gradativamente, tornou-se uma potência, primeiro regional, hoje global. E as vendas de mais de 4 milhões de Fiat 500 nas decadas de 50 a 70, representou para os italianos em geral a possibilidade de terem de novo a mobilidade, perdida na guerra. O Cinquecento foi para a empobrecida Itália o que o "fusca"  foi para os brasileiros nas décadas de 50 e 60. O carrinho que propiciava ao italianos irem ao trabalho como levava a familia no pequeno habitáculo para os passeios semanais. Um enorme sucesso de vendas da Fiat que resolveu homenagear o 500, recriando-o, com as bençãos da modernidade, em 2007. O Fiat 500 nesta nova versão entrou no mercado europeu em março de 2008. Depois de ter sido apresentado com sucesso no Salão de Frankfurt de 2007. E no Salão de Genebra em março de 2008.


São duas da tarde da quentissima, torrida, quarta feira de Miami, Dia 24 de agosto de 2011. Testo pelas amplas avenidas de Miami, esta cidade multicultural feita por desbravadores de pântanos, porque esta regiao bem ao sul dos estados Unidos da America, quase dentro do mar do Caribe era um charco, um pântano no século passado. Empreendedores com a ajuda do governo norte americano que doou grandes areas dos pântanos, porque eram imprestáveis ao cultivo, e habitat natural de uma fauna pra lá de selvagem, onde ainda sobrevive o Alligator, o enorme e predador jacaré americano. Pois estes desbravadores tornaram em um século Miami um lugar agradável, pousada em cima de terra movediça,  de milhoes de hectares de pântanos aterrados. Então a umidade vem de baixo da terra, sobe, atravessa o asfalto e gera um calor pesado, úmido e insuportavel no verão. No entanto surpreende ver a homens e mulhares que correm pelas ruas e calçadas de Miami sob um calor infernal. Estão adaptados a  temperatura pesada, mas quem vem de fora sofre demais com o calor sufocante e a umidade, sem falar que nesta época do ano, Miami e propicia a vendavais e furacões. E o Irene, furacão de escala três, que nesta semana passou pelo Caribe, já chega a Miami. Neste momento em que escrevo, ha uma tempestade tropical lá fora que verga arvores e despeja toneladas de água. Que vem de cima, é logico.


De volta ao Fiat 500 e, de entrada, uma gama que terá ainda as versões Sport Air e Lounge. Mas o Fiat 500 Cult interessa mais por ser a versão mais acessível que custará no Brasil R$ 39.900. Um preço camarada diante  dos R$ 70 mil que fizeram o 500 fracassar no mercado brasileiro. Ha diferenças que geram este preço reduzido: aquele 500 que chegou ao Brasil no inicio de 2009 era produzido na Polônia e levava os 35% do imposto de importação. Este novo Fiat 500 é produzido na unidade industrial da Chrysler em Toluca no México  está isento, portanto, do imposto de importaçao. Esta a primeira vantagem. A segunda vantagem para o consumidor, reside no fato que ele receberá no showroom dos concessionários Fiat no Brasil, um carro que se beneficia das rígidas normas de segurança vigentes nos Estados Unidos da América, o que obrigou a Fiat a refazer grandes porções da estrutura do 500.



Por exemplo, nos Estados Unidos da América a legislação exige que um carro absorva o impacto traseiro de um ariete de aço impulsionado ao equivalente a 80 quilômetros horários.
Para a engenharia da Fiat isto foi um enorme desafio, afirmava no lançamento o diretor de engenharia para a America Latina, Claudio de Maria. Porque segundo o engenheiro é um desafio preservar a integridade física do habitáculo e dos ocupantes num carro que mede apenas 3m e 60cm. Mas a engenharia da Fiat refez a traseira  e o 500 foi aprovado com louvor nos testes de impacto exigidos pela legislaçao norte-americana. Melhor  para o consumidor brasileiro que receberá este carro super reforçado e resistente a impactos. Na vesão testada inicialmente em Miami, chama a atenção o ótimo trabalho realizado pela engenharia brasileira em conjunto com a  engenharia da Chrysler pelo período de um ano e meio, afirmava no lançamento um dos engenheiros que participou ativamente do projeto, Daniel Landes. Mineiro, simpático e amigavel Landes acompanhou, ao meu lado, o teste do 500 em mais de 100 quilômetros rodados na cidade de Miami e em estradas vicinais nas periferias da grande cidade. Chamou a atençao no teste realizado sobre o asfalto perfeito de Miami, a suavidade de rodagem do novo 500 e sua precisão de movimentos, que ja integrava o DNA do carrinho. O engenheiro Landes explicou que os elementos elastocinéticos, como buchas das suspensões, coxins, molas e amortecedores foram recalibrados, para que o rodar ficasse mais suave e adaptado as condições de rodagem no Brasil onde as suspensões sofrem pressões "verticais" imensas devido aos pisos irregulares. Então a engenharia, ainda segundo Landes, tambem trabalhou enrigecendo  ou suavizando os "aneis" das molas helicoidais, visando uma melhor adaptação das suspensões, justamente, a citadas irregularidades. Na prática isto significa que as diferentes pressões sofridas pelas molas terao a resposta ideal. Ora amolecendo-as, ora ficando mais rigidas. No teste em Miami, estes acertos podem ser sintetizados na incrível leveza, precisão e suavidade de rodagem do 500. Que, sem duvida sera notada pelo consumidor brasileiro. Embora as condições de uso no Brasil sejam tão péssimas, ha tantas crateras, buracos e imperfeições,  que ate podem colocar a prova, estas adaptações realizadas pela engenharia brasileira para o Fiat 500. Mas depois dos 150 quilômetros rodados com a versão Cult, com seu motor 1.4 com 88 hps, ficou a certeza de que cotado desta vez a 39.900 o 500 poderá finalmente mostrar toda sua qualidade e potencial ao consumidor brasileiro. 

Enfim, o Cinquecento mexicano


O Fiat 500 não mudou por fora, continua o carro pequeno, menor que um Fiat Mille. Mas, segundo o diretor de Produto da Fiat Automóveis, Engenheiro Carlos Eugenio Dutra, o novo modelo, agora produzido no México, sofreu uma série de modificações em sistemas mecânicos e teve reformulado o interior, que ficou ao gosto dos brasileiros. Há uma série de porta-objetos adicionais e um conforto ampliado, salientou o engenheiro.

"A principal novidade é que ampliamos a gama do 500, introduzindo novas versões. Por exemplo, a versão Cult custa R$ 39.900 e insere o motor EVO 1.4, o mesmo que equipa versões do Fiat Uno, que é nosso maior sucesso de vendas no mercado brasileiro, no momento", enfatiza. Esta versão, pode ter o câmbio manual ou o automático dualogic.

Dutra destaca que, mesmo nesta versão de entrada, não há um empobrecimento tecnológico já que foram mantidos, justamente os diferenciais tecnológicos do 500. Como o duplo airbag, sistema de frenagem com repartidor de peso eletrônico, freios a disco com abs na quatro rodas e foi mantido o programa eletrônico de estabilidade. "Este, sem dúvida, é uma garantia do alto nível de segurança no 500", acrescentou o engenheiro.

Há também as versões Sport Air e Lounge Air. "A principal atração nestas versões superiores do 500 é o motor com quatro cilindros MultiAir - produzido nos Estados Unidos - da \Chrysler, no México, mas que tem tecnologia italiana avançada. Com 105 HP propicia, por meio do controle eletrônico individual das válvulas de admissão, que diferentes volumes e fluxos de ar sejam injetados nos cilindros ao mesmo tempo. O que otimiza a queima, gerando maior potência e linearidade no torque."

As versões superiores do Fiat 500 podem ser dotadas de câmbio de seis marchas "o que gera maior economia de combustível, otimizando a performance". Outra característica positiva do motor MultiAir, observou o engenheiro, é que ele está de acordo com a legislação Euro 5, que entrará em vigor em 2012 no continente europeu. Tem baixo nível de emissões - abaixo dos 110 gramas de dióxido de carbono por quilômetro rodado.

Com este motor ciclo urbano, o 500 faz mais de 15 quilômetros por litro. Convém salientar que o 1.4 Fire produzido no Brasil também é muito econômico, com uma média urbana que se situa em torno dos 13 quilômetros por litro, destaca Dutra.

De acordo com o engenheiro, há outros fatores que contribuem para o comportamento ágil, seguro e à frente dos concorrente do novo Fiat. "O 500 é pequeno, mas tem comportamento dinâmico de um cupê esportivo. E a versão Sport Air ultrapassa os 200 quilômetros horários. Enfatizaremos justamente esta performance surpreendente através de um intensivo programa de teste drive que será realizado nas concessionárias."

Antena corta-pipa para motos

 
A Stetsom Eletrônica lança três modelos de "antena corta-pipa". O produto funciona como escudo protetor contra as linhas cortantes com cerol (mistura de vidro e cola que se passa na linha com que se empinam pipas). Os equipamentos são instaladas no guidom, fixados pelo espelho retrovisor, a linha bate na antena, escorrega até sua ponta e corta a linha, funcionando como aparador de proteção para o motociclista. Informações: www.stetsom.com.br

A boa surpresa do Uno Sporting


Sempre saem coelhos surpreendentes da "cartola" desta Fiat. E isto faz com que a "magia da marca", mestra no segmento dos carros compactos, seja preservada. Desta vez, o "coelho" atende pelo nome de Uno Sporting. É a versão um pouco mais incrementada da linha Uno que faz grande sucesso no mercado brasileiro, impulsionada por sua intrínseca qualidade.

É lógico que nem todos os coelhos surpreendem na cartola Fiat. O Linea, por exemplo, afirma mais uma vez que a marca italiana vai melhor no segmento dos hatches compactos do que no segmentos dos sedãs médios, grandes. O Linea é honesto, mas não excede, nem é luxuoso como apregoa a montadora.

Em relação ao Uno o que se tem nas mãos é um carro pequeno, confortável, com um interior muito bem acabado e com uma performance que surpreende e define que motores 1.0, a não ser que sejam turbinados, estarão fora do mercado em pouco tempo.

Antes do teste do Uno Sporting, Carros e Motos testou o Ford Ka 1.0. Um prático e sólido hatchback prejudicado no desempenho pela perda de torque do motor 1.0 nas baixas rotações. Eram exigidas as reduções constantes de marchas em subidas de ladeiras e aclives menos radicais. O resultado foi o aumento do gasto de gasolina.

Isto não ocorre com o motor 1.4 aspirado com 85 HP a gasolina e 88 HP a álcool do Uno Sporting, que mantém o torque linear em uso urbano e evita as trocas desnecessárias de marchas. A condução é mais confortável.

E carros pequenos em geral são utilizados em 80% em circuito urbano, o que não impede que o Sporting "pegue a estrada", com competência e segurança. As suspensões surpreendem pela leveza, rigidez e conforto. A princípio parecem "moles". Mas com o uso vem a certeza de que o Sporting é competente em curva e não sai da trajetória em reta. Em resumo, há um bom nível de estabilidade lateral e direcional nesta versão que teve as suspensões rebaixadas em 20 mm.

O Uno Sporting tem faróis com máscara negra, spoiler para o para-choque dianteiro, faixas laterais, minissaias laterais e ponteira de escapamento dupla. A estética externa pode mudar na base dos adesivos, assim como a decoração interna, já que painéis plásticos contemporâneos podem ser comprados em concessionárias. Os adesivos são sutis e de extremo bom gosto.

Pronto e adaptado para brasileiros


Antes ainda da apresentação do novo Cinquecento, apelido italiano do Fiat 500, o engenheiro Carlos Eugenio Dutra referiu-se ao intenso trabalho realizado em sistemas vitais do "carrinho" para a sua adaptação às condições de uso no Brasil. "Quando lançamos o 500 em 2009 no mercado brasileiro tivemos a oportunidade de observar o seu comportamento nas mãos de um grande número de proprietários.

É lógico que todo o modelo importado, mesmo que tenha sido adaptado às condições de uso no Brasil, tem que ser observado. Se necessário, readaptado. "Foi o que fizemos neste 500, que teve as suspensões recalibradas, ganhou reforços estruturais e tornou-se ainda mais eficiente em relação à diversidade de pavimentos encontrados no país. Temos certeza que a excepcional dirigibilidade deste "novo" 500 será notada pelo consumidor", afirmou Dutra. Ao apresentar o carro nesta terça-feira, a Fiat demonstrou a sua força, ampliada na aquisição da Chrysler, que gera grandes perspectivas no concorrido mercado norte-americano, ainda o segundo maior do mundo. Espera-se ainda uma nova geração de veículos interessantes, com o design criativo da Fiat e com a tradicional tração 4x4 da Chrysler podem surgir no mercado ainda em 2012. E alimentarão as redes das duas marcas que continuarão independentes, principalmente no marketing.

Tempero indiano no Range Rover Evoque


Os indianos da Tata Motors acionaram o sinal verde para que o ousadíssimo conceito LRX se transformasse no Range Rover Evoque, que estará nas concessionárias da marca no Brasil em novembro próximo. No Salão de Genebra, em março deste ano, a Land Rover, sob domínio indiano, materializou o LRX como veículo em produção. Quando apresentado no salão de Paris, em 2008, a marca inglesa provocou um susto nas almas tradicionalistas, por colocar-se num patamar de esportividade e ousadia estilística, até então desconhecido pela Land Rover. O seu modelo de maior sucesso, até aquele momento, era o Defender, cujo design data dos anos 50. Depois, gradativamente, a marca sofisticou-se na geração Range Rover, que é a versão mais ousada e com estilo da marca.

O Evoque é um feixe supernervoso de alta tecnologia que inclui o controle dinâmico da pressão interna dos amortecedores, através da modificação do campo magnético denominado magnetic ride. Além de cinco posições de suspensões, adaptáveis a qualquer tipo de pavimento ou condição de uso. Visto e examinado por Carros e Motos na área de exposição da Land Rover, em Genebra, o Evoque é mesmo surpreendente. E parece mais destinado ao mundo fashion do que àquele cheio de animais selvagens. Porque, em geral, em locais protegidos, como o famoso Kruger Park, na África do Sul, quem tem coragem de ficar cara a cara com rinoceronte e o leão é sempre um Land Rover - é totalmente confiável e forte.

Mas o Evoque, que tem partes das suspensões, capô e estrutura do teto em alumínio e que por isto teve o peso reduzido em 200 quilos em relação ao restante da linha Land Rover, integra agora um interior assemelhado ao cockpit de um carro esportivo, onde bancos envolventes e instrumentos direcionados ao motorista subvertem o tradicionalismo da marca e geram uma nova noção de força, associada à sutileza e à esportividade.

O design do Evoque é esguio, um tanto quanto exótico na cintura lateral, muito elevada, e vidros laterais de tamanho reduzido, mas, sem dúvida, é também uma estética sensual, tremendamente atraente e que possui um coeficiente de penetração aerodinâmica (cx) de apenas 0,35. Este índice, que demonstra a capacidade do Evoque de atravessar o ar, é menor em relação a coeficientes de veículos esportivos consagrados no mercado.

Segundo a imprensa especializada europeia, o novo modelo vai além da forma incisiva e mostra uma performance dinâmica surpreendente para um crossover 4x4. O Evoque, pelo seu ineditismo de forma e conteúdo, pode ser o maior sucesso de vendas na história da Land Rover. É o que os ingleses e os seus patrões indianos esperam.

domingo, 21 de agosto de 2011

KAWASAKI ER6-N É EFICIENTE NA CIDADE



Moto para uso urbano que não seja para o frenético trabalho dos motoboys onde, sem duvida, nem conta a tecnologia do veiculo, necessita ser adaptada à uma situação especial de uso. Por exemplo, as motos “Custom” de grande entreeixos como as Harley Davidson, são desaconselháveis para uso urbano. Porque são pesadas, tem reações lentas que dificultam as manobras evasivas ou simplesmente o rodar tranqüilo pela cidade. 


Como estradeiras, no entanto, são  motos ideais. Já as superesportivas, são projetadas para ficarem nas garagens  e não para circularem em meio ao intenso transito urbano. Embora no Brasil um grande numero de motociclistas opte, justamente, por utilizarem estas motos baixas, ultra velozes , em geral sem torque nas baixas rotações, na cidade. É, sem duvida, um uso problemático que pode levar ao acidente.As superespotivas são motos prazeirosas na rodovia e nos autódromos. Mas exigem uma enorme dose de experiência e  total atenção do piloto às suas reações ultra rápidas. Convem lembrar que 90% das super esportivas hoje chegam aos 300 quilometros horários de velocidade máxima. 

Uma tarde em teste de rodagem com a Kawasaki ER-6N, em circuito urbano, foi tempo suficiente para sentir e avaliar o quanto estas motos mistas que ficam entre a “street” e a “trail”, servem ao uso tranqüilo, sem stress. A ER6-N, é uma “Naked” ou moto sem carenagem com um design agressivo que não deixa ninguém indiferente por onde passa. E motociclistas gostam de serem vistos e admirados através das motos que pilotam. É lógico que esta regra não serve aos motoboys que levam o estigma da moto mal usada e abusada. 

Em geral motoboys são um estorvo no transito o que aumenta a probabilidade de se acidentarem. Mas quem esta no transito da cidade com a intenção de se deslocar com  segurança e tranqüilidade, deve optar por uma moto segura. E a Kawasaki ER6-N, é mais elevada em relação ao solo que uma moto street normal. E a Kawa ER6-N é a moto ideal  no transito por permitir uma melhor visualizaçao do em torno por parte do piloto, enquanto e também melhor visualizada pelos motoristas. 

Embora hoje o risco para os mototiclistas consicentes venham não tanto dos automóveis mas destes tele entregadores que em alta velocidade sempre, muitas vezes, colidem com outras motos. E isto tem que ser coibido, com urgencia pelas autoridades do transito. De volta a Kawasaki ER6-N e sua perfomance, pode-se afirmar que é tranqüila. Embora com 72 hps, do motor com dois cilindros paralelos, refrigerado a água, esta potencia respeitavel transita de forma linear sem trancos, pelo cambio com seis velocidades. A parte ciclistica que insere monoamortecimento na traseira é confiável e segura, com a Kawa inclinando em curvas sem saída da roda traseira ou dianteira, com absorção das irregularidades do terreno que não afetam a pilotagm. 

Os freios a disco duplos com  300mm de diâmetro na dianteira e 200mm na traseira  são de enorme eficiência o que amplia o nível de segurança ativa da moto.  Na Freeway a ER6-N, ainda mostrou que uma “naked” pode ser eficiente e veloz, sem perda da estabilidade direcional. Mas o problema na moto sem carenagem é que seu uso é lmitado na rodovia pela intensidade do vento. É isto mesmo: sem recursos aerodinâmicos das super esportivas que desviam o fluxo de ar por cima do piloto, esta Kawasaki tem  esta limitação aerodinamica que so ocorre em velocidades acima dos 130 quilometros horários. Fora da lei, portanto. Sem duvida esta ER6-N é mais um acerto tecnológico desta progressiva Kawasaki.

LINHA DE CHEGADA MAU PASSO

Não é um mau passo a pé. Pois este pode ter como conseqüência, quem sabe o entorse de um tornozelo ou o “tombo”. O  “mau passo” se acelera no Brasil no  grande numero de acidentes que envolvem agora  brinquedos super potentes. São   cidadãos de 50 anos ou mais que na infância brincavam com seus exércitos de soldadinhos de chumbo inofensivos  ou  davam voltas velozes em “carrinhos de autorama” que  tem em mãos agora a maquinas com 300, 400 ou 600 hps. O  aumento do numero de emergentes e novos ricos “faz a festa” dos revendedores de carros de luxo em geral ultrapotentes. Os revendedores vendem sem parar os Jaguar, Lamborghini, Ferrari, Audi R8 ou TTS e mais um punhado de bravos”. Estes super carros  sempre reagem com vigor , na maioria das vezes, com fúria à pressão do pé direito. No final de semana um  belíssimo jaguar XF, foi jogado por seu proprietário contra uma arvore na cidade de São Paulo que  gradativamente se transforma  numa espécie de laboratório a céu aberto de “crash” ou impacto para super carros. Nos últimos meses, mais de 15 super carros, entre Ferrari, Porsche, Maseratti , Audi e Jaguar, entre outros, se estreparam  contra árvores, postes ou contra outros veiculos nas avenidas e ruas paulistanas, com mortos e feridos.  Uma nova e trágica realidade que  deixa uma saudade no ar: do tempo em que o  sensacional “Demônios da Garoa" cantavam o singelo e tocante "Trem das Onze". A letra do clássico da musica popular brasileira dizia  que  aquele  amante tinha que pegar o ultimo  trem das onze horas. Porque, afinal, era filho único e morava com  a mãe. Uma doce simplicidade que expressava  um  outro tempo do Brasil mais lento, ingênuo. Mas em tempos tão neuróticos como confusos, todos querem ser velozes. Dos incompetentes e  mal amados motoboys aos ultra ricos que pensam que nas ruas das cidades podem repetir os  atos heróicos do gênio chamado de Ayrton Senna. Que algum desavisado ousou chamar de “motorista”. Ayrton nem foi um motorista. Era apenas o profissional que vivia no limite e que morreu assim, porque este era seu destino. Mas a odisséia e talento de pilotagem, absurdo do piloto herói e imortal, foi  definida pelos guardrails à esquerda e a direita. O talento de Ayrton resumia-se e era sintetizado na pista de competição, unicamente.  Pior,  quando motoristas medianos, tem em mãos maquinas que sequer admitem erros de avaliação. Que sequer admitem que alguém não  a entenda e respeite.  Em toda sua complexidade tecnológica e limites direcionados unicamente a profissionais. Mas  motoristas normais ou medianos jamais deviam ter nas mãos Porsches com 700 Hps ou o Jaguar que ruge  brabo e  sai do controle de quem não nasceu  nem tem a técnica apurada para doma-lô.   Para os que vendem estes carros, e isto inclui a industria automobilistica, que coloca excesso de potencia em carros esportivos; pouco importa o grau de conhecimento do burguês que compra tais máquinas. A exemplo do que ocorre no Japão onde  carros super esportivos e ultra rápidos, exigem de seus potenciais condutores  exames psicotécnicos  complexos e  impostos exorbitantes, as autoridades de trânsito no Brasil, também deviam ser mais exigentes na medida em que aumenta a potencia de um veiculo. O  Governo japonês quer apenas que um numero menor ou ínfimo de motoristas  despreparados lidem com  máquinas potencialmente mortíferas. No Brasil a potência excessiva mata cada vez mais. Mas aqui, em geral, se o  motorista assustado saiu vivo da batida do Jaguar de R$ 800 mil contra a árvore, ele aciona o seguro e sai a procura de carro ainda mais potente, que da próxima vez, quem sabe, será jogado contra a “Floresta Amazônica”.

DODGE RAM SERA ATRAÇAO NA EXPOINTER



Ele é anabolizado, musculoso e faria inveja a “Arnold”  em  seu  tempo de gloria efêmera. Aquele em que o “super parrudo” destruía o futuro. Talvez, Arnold  tenha contribuído com uma serie de filmes péssimos para a decadência definitiva de Hollywood e da cultura de consumo norte americana que simplesmente, “encheu”.  


Mas o Dodge RAM, a   picape “heavy duty” que  na tradução significa a “picape para o trabalho pesado”, esta de volta ao Brasil, com reestréia assegurada neste final de semana na Expointer. O novo Dodge RAM, promete, segundo o gerente geral de vendas do Grupo Savarauto, Eliseu Pereira, “ser a grande atração para os ruralistas presentes a Expointer mas também   para o publico em geral. Porque trata-se de uma das picapes mais impactantes do mundo no design e na força”, afirma o executivo. 


É mesmo. O Dodge RAM  que na  associação entre a Fiat e Chrysler manterá sua estética  e personalidade por se tratar de um “ícone” da industria automobilística norte americana chega a versão 2012, reformulada na estética e principalmente na tecnologia:  o novo RAM insere novos motores nas versões 2500 e 3500. Um dos diferenciais do Dodge RAM, salienta o executivo, sempre foi sua dirigibilidade muito acima da media do segmento e sua extrema potencia que foi mantida e ate ampliada nesta nova versão”, afirma. Os motores para esta versão 2012 do Dodge RAM  são o Hemi 5.7 V8 com 345 hps , mais o 4.7 Magnum V8. Mas, segundo Eliseu Pereira, “há também versões de motores V6. Para o mercado brasileiro inicialmente virão os RAM com motores V8 porque  os ruralistas tracionam reboques ou mesmo barcos e outros equipamentos. É  importante  a potencia do motor para tracionar reboques”, enfatiza.  


Mas o Dodge Ram, prossegue, não é um veiculo  de reações bruscas. Ao contrario o RAM surpreende pela suavidade de manejo e  total precisão no handling ou dirigibilidade. Ao mesmo tempo a picape insere sete air bags, programa eletrônico de estabilidade, freios a disco com abs de ultima geração. No interior, uma tela de cristal liquido no painel  insere as informações de um completo sistema de info entretenimento, com GPS, DVD, entradas para múltiplos computadores e  completo controle sobre os sistemas eletrônicos do RAM. 

Este  utilitário, prossegue, reflete também, a mudança radical no comportamento dos ruralistas  que hoje, são homens e mulheres  cosmopolitas que expressam nestas picaoes de grande porte um status pessoal que nada tem de arrogante. É apenas a conseqüência natural do sucesso do agrobusinesss no Brasil que estará refletido na Expointer na beleza e poder deste Dodge RAM”, conclui.

sábado, 20 de agosto de 2011

VELOSTER É O ESPORTIVO ACESSIVEL



Exposto  na area da Hyundai no Salão de Genebra em março deste ano o  Veloster  ajudava no entendimento da ousadia estilística da marca coreana que, afinal, não é tão ousada assim:   o design fluido e aerodinâmico do Veloster ecoa os traços de outros carros esportivos abundantes no mercado europeu. Como o Lótus Elise ou Alfa Mito. 


É o mesmo que ocorre com o belo sedan Sonata, comercializado no Brasil, que  denuncia que sua inspiração veio do Mercedes SLS, sem dúvida. Assim mesmo os produtos da Hyundai soam originais e ousados. O mundo entende o conceito  da sofisticação acessível. Quando no showroom dos concessionários da marca em todo o mundo os “belos”  da Hyundai sempre custam menos do que similares da concorrência. A Mercedes Benz já sentiu esta concorrência predatória e reposicionou para baixo o preço de seu sedan mais vendido no mundo o Classe C. Portanto, para o consumidor é uma concorrência pra lá de positiva, atiçada pelos coreanos. No segmento dos carros de menor valor agregado, agora também ocupado pelos chineses que não vieram “à  passeio” para o mercado automobilístico global.


O belo e  estranho Veloster chega dentro de poucas semanas ao mercado brasileiro, numa rápida transição dos mercados primeiro mundistas para este mercado emergente. Que apesar da crise que cresce no mundo, já que a comercialização de veículos no Brasil segue em alta. Neste contexto positivo  o que é bom chega mais rápido ao Brasil. Quem se dispuser a conhecer o Veloster, em breve na rede Hyundai, vai se surpreender com este cupê esportivo que é mais impactante “ao vivo” do que nas  fotos. É ousado demais na forma. 


Estranheza acentuada na assimetria das portas , já que existe uma porta do lado do motorista e duas do lado do carona para facilitar e entrada e saída dos que viajam nos dois bancos traseiros. Alias o Sporster visto  e experimentado em Genebra é um autentico esportivo 2X2. Onde cabem confortavelmente quatro adultos. Os bancos traseiros não fazem com que você se sinta numa “lata de sardinha”, pois  são confortáveis, ergonômicos e acomodaram com facilidade o 1m74cm do jornalista e piloto de testes de Carros e Motos em Genebra. O motor surpreende por ter apenas 1600cm3 e 138hps.


Mas tem injeção direta que segundo a engenharia da Hyundai, reduz o consumo em 6%, enquanto o ganho na aceleração é de 8%. O Veloster faz em media 12 quilometros por litro na cidade e chega a  fazer 15 quilometros por litro em rodovia. Vai de  0 a 100 quilometros horários em 8. 5 segundos e chega a velocidade máxima de 200 quilometros, ajudado por seu perfil aerodinâmico. Outra surpresa, que tem a ver com a redução de custos, refere-se a adoção de suspensão semi independente com barra anti rolagem na traseira  que é incomum em carros esportivos que geralmente utilizam suspensões totalmente independentes  na traseira. 

Mas segundo a Imprensa especializada norte americana  que já testou o Veloster, este apresenta um nível de estabilidade lateral excepcional   e  roda  em linha reta sem desvios de trajetória. Última surpresa: o belo e veloz  Veloster custa na versão de entrada apenas 18 mil dólares nos Estados Unidos da America. No Brasil seu preço ainda não foi divulgado. Vejam abaixo o vídeo de apresentação do Veloster no Detroit Auto Show.