sábado, 27 de agosto de 2011

MIAMI

Miami vista de um hotel de  luxo não é pantanosa, não tem jacaré em piscina nem o calor, na constância do ar condicionado que evita o constante mal estar  que sentimos ao caminhar pelas poucas calçadas de mais uma cidade norte americana plana e pensada para o automóvel, grande. É uma cidade  meio fora da civilização wasp  ou branca, americana e protestante. Esta América agora é latina, é negra, e indiana, é uma tremenda mistura que faz bem ao pais. Só quem não acredita nisto é a classe media interioriana que acha que a casa branca ficou menos branca e, portanto, menos americana, na presença incomoda para os conservadores de Barack Obama. Um presidente fraco, tíbio, que não tem coragem de tomar decisões e que parece espremido na sua própria origem de pai negro africano e mãe branca interiorana. Barack, ao que parece, joga em todos os lados do campo, sem posição fixa. E a América dos imensos shopping centers de Miami, vai de mal a pior. É logico que esta realidade incômoda do desemprego, a queda na qualidade de vida de milhões de norte americanos da classe média nem pode ser vista ou vislumbrada neste luxuosíssimo  Turnbery Island, onde a Fiat realiza sua convenção de imprensa para mostrar o  Fiat 500.
Nesta Miami que ferra e consome com seu calor os neurônios a frase, "América Pesadelo refrigerado", de algum escritor, não sei se norte americano ou europeu, soa real. E ainda tem esta terrível televisão norte americana que mostra os mesmos medíocres de sempre com o intragável Tom Cruise com sua cara de sapo feliz, que hoje pela manhã, quarta-feira, falava dos bilhões arrecadados no mundo pelo filme Transformers. Mas é sempre assim: eat a shit. É o lema deles para o mundo. Comam a nossa merda e sintam-se felizes com o que oferecemos a vocês. Duro de engolir.  Bem, vocês já sentiram que não sinto muito apreeço ou simpatia pelos Estados Unidos da America. Talvez por não ser um “mensalista”  daquele turismo infame do PVC ou coisa que o valha. Aquela empresa daquele senhor esperto, e não há nada mais detestável do que a esperteza brasileira, que endividou a classe media brasileira com viagens de péssima qualidade em hotéis de qualidade nenhuma em lugares que há séculos não são mais atraentes como aquele infame “Porto Inseguro” dos trombadões na Bahia. E coisas piores ainda. Agora o Sr. Saulus desta PVC, envia a milhões de brasileiros à Miami. Ontem, num “oulet” ou lugar para vendas de camisas fabricadas no Ubezerquistao e Funistão, países que ninguém sabe se existem, havia centenas de brasileiros com sacolas. Compravam de tudo, do pinico a pilha que assobia quando a pessoa tem vontade de “fazer cocô” a noite, a todo o tipo de inutilidade eletrônica. Miami é o paraíso das compras para quem ficou uns 30 anos esperando para conhece-la para conhecer seus “shoppings maravilhosos”, onde canta a sereia do consumo norte americano, cujo rabo longo já foi cortado pela crise desta sociedade que se agiganta. Mas qual é a importância da geo-politica para este turista brasileiro que aluga carro com GPS, para dar umas voltas pela Miami do cartão postal. Se cair num bairro barra pesada, morre. Mas as agencias que alugam  carros nada falam sobre as periferias barra pesada de Miami, onde o turista pode  chegar, se errar no GPS. Melhor ficar na segurança do Shopping Center. Quanto  ao lançamento do Fiat 500, ele  pode ser acompanhado nas mídias em que atuo. No Caderno de Carros e Motos do Correio do Povo, nas Radio Guaíba AM e FM, na Band TV no programa Motorshow, de grande  audiência aos domingos, as 9h30 da manhã. Aqui no blog vocês tem o “outro  lado” destas andanças de um jornalista por este mundo. Desta tórrida e pegajosa Miami em setembro vou “saltar” para a Europa que, a exemplo dos Estados Unidos da America, mais parece o ancestral Titanic que ruma para o Iceberg, de uma imensa crise. Há países que  estão falidos como a Grécia a Irlanda, Portugal  e Espanha. Tem níveis de desemprego assustadores, estão com déficit fiscal na estratosfera e tem que economizar  bilhões em cima da classe media européia que é vasta. Em setembro  o Salão do utomovel de Frankfurt deve ser uma espécie de divisor de águas, muito turvas, que mostrará quem reinara nos próximos 10 anos no mercado automobilístico global. Difícil prever. Porque se a crise global se agravar ninguém se segura, nem mesmo a poderosa China. Porque chineses dependem  dos mercados primeiro-mundistas para enriquecerem. Se cairem os Estados Unidos e depois a Europa  então a crise se aprofundara e a industria automobilística  global, será um dos primeiros segmentos da economia a ser atingido em cheio. Impacto total. Vamos ver o que acontece nesta Miami ate o final de semana, primeiro. Paro agora porque é hora de passear com meu “Alligator”. Aluguei o jacarézão num pântano que cerca Miami. Por falar nisto vocês sabem quantos enormes jacarés existem nos pântanos de Everglades , distante uns 70 quilometros de Miami: uns  dois milhões segundo as ultimas pesquisas. Se resolverem invadir Miami, vão comer milhares de Turistas. Credo, que medo.

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