Dia do pedestre. Um bom dia para oferecer ao pedestre um par de tênis novos que possibilite que ele corra, corra muito para salvar sua vida. Porque o Brasil tem um dos maiores níveis de atropelamentos do mundo. As causas são conhecidas. Vão das aglomeraçoes humanas pobres a beira das rodovias, aos trabalhadores que caminham as margens de rodovias sem acostamentos, à falta de calçadas em bairros periféricos e passarelas em rodovias mortais e arcaicas como esta Br116. Mas também existe a violência urbana que comunica, noite e dia, que o pedestre será assaltado se ousar atravessar uma das raras passarelas nesta mesma 116. Tambem será assaltado e deve correr muito se ousar, ao descer do ônibus, atravessar aquele largo ermo da rodoviária em Porto Alegre, sempre cercado de predadores armados à espreita. Então a questão do pedestre também esta ligada a deficiente engenharia rodoviária e urbana à violencia social. Do lado dos motoristas, seria convieniente lembra-los, em campanhas educacionais, que em algum momento do dia serão também pedestres. Pode ser naquele momento em que o cidadão elitizado deixa o Porsche na garagem e atravessa a rua movimentada para comprar, quem sabe , o queijo Camembert de sua preferência. E ali,no meio da rua, pode se atropelado. Infelizmente no Brasil onde caminha solta a impunidade, dificilmente o motorista se importa com o pedestre. E aquele gesto ridículo do braço em pé só aumentou o numero de próteses ortopédicas vendidas para aqueles que perderam o braço. É um quase suicídio confiar na boa vontade de motoristas eu não foram treinados parta a civilidade nem para o uso seguro do automóvel. Foram destreinados para abusos de toda a sorte. Alias, não existe nada mais nefasto do que esta violência no transito que como erva venenosa come vidas a todo momento nas ruas e estradas do Brasil. Neste contexto e alto risco que poderia ser revertido atraves da educação e de duríssimas punições, o pedestre é só aquele pontinho la adiante, um alvo.
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