sábado, 20 de agosto de 2011

LINHA DE CHEGADA

Dia do pedestre. Um bom dia para oferecer ao pedestre um par de tênis novos que possibilite que ele corra, corra muito para salvar sua vida. Porque o Brasil tem um dos maiores níveis de atropelamentos do mundo. As causas são conhecidas. Vão das aglomeraçoes humanas pobres a beira das rodovias, aos trabalhadores que caminham as margens de rodovias sem acostamentos, à falta de calçadas em bairros periféricos e passarelas em rodovias mortais e arcaicas como esta Br116. Mas também existe a violência urbana que comunica, noite e dia, que o pedestre será assaltado se ousar atravessar uma das raras passarelas nesta mesma 116. Tambem será assaltado e deve correr muito se ousar, ao descer do ônibus, atravessar aquele largo ermo da rodoviária em Porto Alegre, sempre cercado de predadores armados à espreita. Então a questão do pedestre também esta ligada a deficiente engenharia rodoviária e urbana à violencia social. Do lado dos motoristas, seria convieniente lembra-los, em campanhas educacionais, que em algum momento do dia serão também pedestres. Pode ser naquele momento em que o cidadão elitizado deixa o Porsche na garagem e atravessa a rua movimentada para comprar, quem sabe , o queijo Camembert de sua preferência. E ali,no meio da rua, pode se atropelado. Infelizmente no Brasil onde caminha solta a impunidade, dificilmente o motorista se importa com o pedestre. E aquele gesto ridículo do braço em pé só aumentou o numero de próteses ortopédicas vendidas para aqueles que perderam o braço. É um quase suicídio confiar na boa vontade de motoristas eu não foram treinados parta a civilidade nem para o uso seguro do automóvel. Foram destreinados para abusos de toda a sorte. Alias, não existe nada mais nefasto do que esta violência no transito que como erva venenosa come vidas a todo momento nas ruas e estradas do Brasil. Neste contexto e alto risco que poderia ser revertido atraves da educação e de duríssimas punições, o pedestre é só aquele pontinho la adiante, um alvo.

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