quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Cruze: Da Alemanha para o Brasil


Um sedã que chega ao mercado brasileiro vindo da Alemanha. O que seria impensável há dez anos, hoje é perfeitamente possível e até desejável pelo departamento de marketing das montadoras e pelos consumidores. A origem não importa mais quando se sabe que o Cruze, apresentado na segunda e na terça-feira na cidade de Düsseldorf, na Alemanha, é uma obra de diversas mãos. No Projeto Cruze, iniciado em 2006, participaram equipes de design e engenharia da General Motors (GM) localizadas em regiões distantes como Coreia, Alemanha, Estados Unidos e até do Brasil.
Diante da exigência crescente deste mercado brasileiro que hoje tem mais de 400 modelos disponíveis aos consumidores, os conceitos de qualidade que envolveram o Cruze em sua apresentação na bela cidade alemã serão testados na prática, no teste drive propiciado pelos revendedores a partir desta semana. O Cruze testado pelo Correio do Povo fica na média dos sedãs médios que fazem sucesso no mundo. Carros de alta qualidade como Corolla, Civic, Cerato e Peugeot 408 que integram, como o Cruze, uma confiável tecnologia, dirigibilidade excelente e sistemas mecânicos e eletrônicos confiáveis.
Neste Cruze não há nada de revolucionário, mas esta ainda não é a época da revolução do automóvel que, no máximo, insere um motor elétrico nas versões híbridas mais econômicas. O Cruze possui um motor de última geração, o Ecotec, com 144 HP a etanol e 140 HP a gasolina. E a economia deste motor acompanha seus oponentes no mercado. O Cruze é um ótimo sedã, com charme. Os testes radicais no Adac (Automóvel Clube da Alemanha) mostraram que a GM acertou a mão na tecnologia do Cruze, como também acertou no preço da versão de entrada, a LT, que custa R$ 67.900, enquanto a mais sofisticada, R$ 78.900.
Se o design externo do Cruze é até certo ponto convencional naquela robustez já exposta em outros modelos, como o Malibu ou o Agile, onde há sempre uma frente imponente, cintura lateral elevada e forma imponente, no interior, o Cruze surpreende e se coloca mesmo acima da concorrência. O interior, segundo o diretor de design da General Motors do Brasil e da América Latina, Carlos Barba, caracteriza-se por linhas harmoniosas e fluidas e aplicação de materiais texturizados e suaves ao toque. O Cruze traz novos níveis de acabamento e qualidade para o segmento dos sedãs médios. O designer explica que o tema principal do interior é o dual cockpit que é uma evolução do desenho que aproxima o motorista ao passageiro numa experiência compartilhada.
"Um capítulo à parte é o sistema de entretenimento integrado do Cruze que utiliza uma tela de 7 polegadas, localizada no console central. O sistema de navegação oferece mapas do Brasil e da Argentina com mais de 4 milhões de pontos de interesse e com uma sofisticação até então inédita nos sedãs do segmento comercializados no Brasil", salienta Barba. Já a versão LT sai de fábrica com um amplificador de quatro canais e seis alto-falantes. No Brasil, o caminho do Cruze não será fácil. Há sempre este temor do fabricante ao lançar um modelo no mercado brasileiro. O mercado do consumidor inquieto e contestador.

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