quinta-feira, 15 de setembro de 2011

No berço das grandes marcas

O Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt, a maior e mais representativa mostra da diversidade da indústria automobilística global, chega à sua 64 edição com grandes desafios à frente. O maior desafio estava por todos os lados dos diversos pavilhões do salão e são os chineses. Eles trazem filmadoras, blocos de anotações, iPads e câmeras fotográficas e carregam nos cérebros esta China que necessita exportar tecnologia e produtos acabados para receber de volta os grãos necessários para alimentar 1 bilhão e 400 milhões de habitantes. É gente demais, só isto.
Na terça-feira, durante todo o dia, com sua terrível voracidade em relação ao automóvel, os chineses, ainda ingênuos no complexo mundo do automóvel, paravam na frente dos poderosos Audi, Bentley e Mercedes-Benz como se reverenciassem alguma divindade. E mostravam sua devoção religiosa pela tecnologia alemã.
Mas os alemães guardam os segredos industriais em computadores que estão em lugares secretos aos quais pouquíssimos têm acessos. Então, os chineses, quem sabe, terão que esperar algum tempo para saber ou entender como aquele Mercedes Classe C, faz as curvas com tamanha precisão e segurança.
Além da presença maciça, mas não surpreendente dos chineses, esta edição do Salão de Frankfurt prenuncia as mudanças que acontecem e que se intensificarão nos próximos anos. Nas décadas de 70 e 80, os japoneses eram os vorazes, os que tudo queriam saber e entender sobre a produção automobilística ocidental. Papel assumido agora pelos chineses. Talvez no próximo salão, previsto para 2013, não sejam somente jornalistas e convidados chineses presentes ao evento. Com certeza, estarão em exposição algumas marcas automobilísticas da indústria da China.
Mas não há nada que não possa ser resolvido no mercado monumental chinês, que continua aberto aos perfumes franceses, carros alemães e turismo na Grécia. Que neste verão recebeu centenas de milhares de chineses em suas ilhas. Turistas felizes que deixaram alguns milhões ou bilhões de dólares no país em processo de falência.

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