quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Mercado de automóveis deve ficar imune à crise



O ano de 2009 serviu como referência para o Brasil. Em meio à grave crise econômica mundial, o setor automobilístico brasileiro achou soluções que permitiram às montadoras e suas redes atravessarem a crise na contramão: enquanto o mundo ia de mal a pior, a produção da indústria automobilística instalada no Brasil batia recordes. A avaliação é do diretor executivo da Rede Guaibacar e presidente do Sindicato dos Concessionários do Estado do Rio Grande do Sul, Hugo Pinto Ribeiro, frente à ameaça cada vez mais presente de uma possível recessão global. "Houve também a providencial ajuda do governo, num primeiro momento, com a concessão da isenção do IPI, o que serviu como um gatilho ao consumo", salienta o executivo. De acordo com Pinto Ribeiro, uma possível nova crise ainda parece distante no plano mundial e praticamente impossível no plano local. "Foi útil a elevação da taxa de juros para conter uma incipiente inflação. Houve, sem dúvida, uma queda no consumo de veículos zero-quilômetro, gerada pelo aumento da taxa. Mas já na primeira redução de 0,50% na taxa de juros, o mercado foi reativado. Portanto, há uma grande sensibilidade do consumidor local em relação a mudanças no rumo da economia", avalia. Para o executivo, o que se teve até agora foram apenas pequenos desvios de rota que não chegam a assustar o consumidor, tampouco arrefecem a procura pelo carro zero-quilômetro, num país onde há, em média, dez pessoas para um carro. "Isto significa que o mercado automobilístico crescerá muito ainda no Brasil. A globalização é inevitável e, quanto maior a competição, melhor será para o mercado e para o consumidor", acrescenta. Pinto Ribeiro entende que entrada das marcas chinesas é um fato novo e saudável, desde que as respectivas montadoras respeitem as regras do jogo e produzam também no Brasil. "Já anunciaram novas fábricas aqui, o que ampliará ainda mais a competição interna. E o Brasil, com seu grande mercado, será uma das quatro maiores potências globais no segmento automotivo. O que é saudável para a economia brasileira e para o consumidor, que tem cada vez mais veículos com qualidade", sustenta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário